Tribunal profere hoje sentença de sequestradores
O Tribunal de Amarante vai proferir hoje o acórdão do julgamento de cinco homens acusados de sequestro, em 2008, de um dos protagonistas do maior roubo de ouro em Portugal.
Nas alegações finais, o Ministério Público (MP) pediu em tribunal a condenação de todos os arguidos.
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Segundo a acusação, "ficou provado abundantemente", em julgamento, que o sequestro, ocorrido na madrugada de 8 para 9 de Maio daquele ano incluiu momentos de tortura da vítima, com o objectivo de a obrigar a dizer onde tinha guardado o ouro.
Segundo o MP, a vítima, Ciríaco Sousa, atualmente com 52 anos, e um amigo foram abordados no Porto quando saíam de um bar, tendo sido obrigados pelos arguidos, alguns dos quais armados, a entrar na sua própria viatura.
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Os homens terão sido levados num carro para um local ermo próximo da barragem de Crestuma. Ali, ainda de noite, a vítima terá sido agredida com murros e pontapés, com o intuito de a obrigar a dizer onde tinha o ouro.
No julgamento, três dos cinco arguidos confessaram terem participado no sequestro. Os dois restantes não quiseram falar ao tribunal.
Nas alegações finais, os advogados dos arguidos admitiram a participação no sequestro dos seus constituintes. Ao colectivo consideraram não terem sido provados os crimes de roubo, mas admitiram a condenação por sequestro.
Defenderam, no entanto, "uma pena não privativa da liberdade", que permita a reintegração social dos arguidos.
O maior assalto de ouro português ocorreu na madrugada de 14 Abril de 2008 a uma casa de penhores da praça Carlos Alberto, Porto, de onde foram levados 270 quilos de produtos de ourivesaria, avaliados em cerca de 15 milhões de euros.