Paraquedistas portugueses atacados em Bambari
Militares portugueses envolvidos em combates intensos na República Centro-Africana
A Força de Reação Imediata de paraquedistas do Exército Português, segundo informação do Estado-Maior-General das Forças Armadas, esteve "novamente envolvida em intensos confrontos ontem ao início da tarde", na sequência de um "ataque à esquadra policial no centro da cidade de Bambari", localidade a 400 km da capital do país, Bangui.
O comunicado refere que "no percurso entre o acampamento onde se encontram atualmente os militares portugueses e o local do incidente, os paraquedistas foram recebidos por intenso fogo opositor de várias direções e no local entraram em combate com elementos de grupos armados".
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No relato sobre os combates é explicado que "muitos civis afetos aos atacantes" criaram barreiras, "deitando-se no chão para obrigar as viaturas a pararem para depois serem batidas por fogo de armas ligeiras dos dois lados do itinerário".
Os militares ocuparam posições dentro do quartel da "Gendarmerie" e, nesse ponto, responderam ao fogo
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O comunicado esclarece que as unidades de paraquedistas conseguiram "empurrar os elementos dos grupos armados das duas fações (Anti-balaka e ex-Seleka), para a periferia da cidade".
Várias viaturas portuguesas foram atingidas e danificadas
APOIO DO PAQUISTÃO
O Estado-Maior-General das Forças Armadas informa que esta "operação foi apoiada por um helicóptero do Paquistão, também ao serviço das Nações Unidas, onde embarcaram atiradores dos paraquedistas portugueses, tendo a sua ação sido coordenada pela equipa de controladores aéreo tático avançados da Força Aérea portuguesa".
HELICÓPTERO FOI ATACADO
"Cerca de 60 elementos armados que se dirigiam para o centro da cidade, para reforçar o grupo que atacava a esquadra da "Gendarmerie", abriram fogo sobre o helicóptero, tendo sido necessário, em último recurso, usar a força para responder ao fogo e impedir o avanço para Bambari", refere o comunicado
COMBATES DURARAM CINCO HORAS
"Os combates com os dois grupos duraram cerca de 5 horas, tendo a ação dos militares portugueses sido crucial na limpeza da área e no reforço de posições defensivas junto ao centro da cidade e da ponte de acesso a Bambari, impedindo assim a entrada para o centro da cidade de elementos armados Anti-balaka"
Não há ocorrências a registar entre os militares portugueses, encontrando-se todos em segurança
Na terça-feira, uma patrulha militar portuguesa na República Centro-Africana (RCA) foi na terça-feira atacada por "elementos armados" com os quais trocou tiros na localidade de Bambari, a 400 quilómetros da capital
Segundo o EMGFA, pelas 17:30 de terça-feira, a patrulha ao serviço da missão das Nações Unidas naquele país envolveu-se em confrontos com elementos armados "que atacaram os capacetes azuis no local, tendo ocorrido troca de tiros".
O Estado-Maior acrescentou que "elementos da população" apedrejaram a patrulha e as viaturas em que seguiam, provocando ferimentos ligeiros na perna a um militar português atingido por uma pedra, que foi observado pela equipa médica e se encontra bem.