Vereador do CDS-PP quer que Costa esclareça futuro na câmara de Lisboa
O vereador do CDS-PP na Câmara de Municipal de Lisboa, João Gonçalves Pereira, exigiu hoje que António Costa esclareça qual vai ser o seu futuro à frente da autarquia, que "não pode ficar órfã, sem liderança política".
"Temos três cenários pela frente: um em que o presidente se mantém na câmara, um em que sai e se faz substituir pelo vice-presidente [Fernando Medina] e um terceiro que é de eleições intercalares", disse João Gonçalves Pereira à agência Lusa, na sequência da vitória de António Costa nas primárias do PS, realizadas no domingo, e que ditaram a demissão de António José Seguro da liderança dos socialistas.
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O vereador centrista considerou que, perante estas possibilidades, tem "esperança que nos próximos dias" António Costa faça um "esclarecimento devido aos lisboetas".
"Não quero acreditar que o Dr. António Costa vá remeter a questão para depois do congresso" socialista, que ainda não tem data marcada, acrescentou.
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João Gonçalves Pereira assinalou, também, que "o que os lisboetas notaram nos últimos quatro meses foi um presidente a meio tempo, mas tratou-se de um período excecional", sendo que "outra coisa é perpetuar-se a meio tempo até às eleições legislativas do próximo ano".
Relativamente àquela que seria, a seu ver, a melhor opção, o autarca afirmou apenas que, "sob ponto de vista político, é possível que o senhor presidente seja secretário-geral e presidente da câmara", lembrando que "já houve várias situações idênticas".
Porém, "não me parece que tenha muito tempo", defendeu.
Em 2011, numa altura em que se discutia a sucessão de José Sócrates à frente do partido, António Costa explicou que não entrava na corrida por não ser "possível acumular a liderança do PS e a presidência da Câmara de Lisboa".
Questionado em junho deste ano pela agência Lusa relativamente à mudança de posição sobre a possibilidade de assumir a liderança do PS e manter-se à frente da autarquia, António Costa disse que "as circunstâncias são hoje diferentes, como toda a gente sabe, e portanto há outras condições diferentes".
No sábado, ao Diário de Notícias, o presidente da Câmara de Lisboa indicou que a ocasião em que deixará a autarquia será determinada "no momento próprio".