Rui Rio endurece críticas a Costa: "Isto é um desgoverno"
O líder do PSD apoia o fecho das escolas mas exige que as aulas continuem, online. E endurece as criticas ao Governo, exigindo-lhe um "rumo certo" e que "entre na linha"
Porque "assim não pode continuar" e "o Governo tem de ter um rumo mais certo", o líder do PSD carrega nas críticas ao Governo, nomeadamente por ter fechado as escolas sem ao mesmo tempo organizar o ensino à distância.
"Há momentos em que é preciso dar um abanão para ver se o Governo entra na linha", disse o líder do PSD, numa conferência de imprensa.
Reconhecendo que o trabalho do Governo "não é fácil", Rio disse no entanto que "isto não pode continuar assim" porque desta forma "não se inspira confiança às pessoas".
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O líder laranja invocou, nomeadamente, os avanços e recuos do Governo em relação ao fecho das escolas - numa semana a posição foi da abertura total ao encerramento total - e os zigue zagues em torno dos ATL (Atividades de Tempos Livre): primeiro fechavam, depois reabriram e logo a seguir fecharam de novo.
Rio voltou, por outro lado, a manifestar-se perplexo por continuar por abrir um hospital com 80 camas em Miranda do Corvo propriedade de uma IPSS.
Segundo explicou, o hospital não abre porque o Governo não faz o contrato que devia com a IPSS. Daí o espanto: "Não percebo como Governo não utiliza a capacidade instalada toda."
O líder social-democrata apoiou a decisão governamental do encerramento das escolas ("só peca por tardia") mas logo a seguir criticou durante que as aulas presenciais não sejam substituídas por aulas online. "Era melhor que houvesse desde já aulas à distância", disse.
Acrescentando: "Temos de lamentar o fecho das escolas. Os alunos vão ficar numa situação pior do que em abril [do ano passado] porque não vão ter aulas à distância". E isto, disse ainda, foi decidido assim porque o Governo não preparou suficientemente o regresso de aulas à distância. Ou seja: o Governo não manteve o ensino à distância "porque não estava preparado para o fazer".
No final da conferência de imprensa, deixou um apelo veemente para que as pessoas votem domingo nas eleições presidenciais - pedindo ainda que votem no candidato do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa.
"Vão votar no domingo. É uma eleição muito importante. As pessoas têm de fazer esse sacrifício", disse.
Também apelou à unidade dos portugueses em torno do cumprimento das medidas de segurança sanitária e de confinamento - visto que "a situação de Portugal não é muito diferente de uma situação de guerra".
"A obrigação de todos nós é cumprir. Para vencer este inimigo comum os portugueses têm todos de estar unidos", insistiu.