Marcelo: estado de emergência acaba mas "se necessário for" voltará
Presidente da República anunciou esta terça-feira que o país sai do mais grave estado de exceção em que está e agradeceu o "sacrifício" dos portugueses.
Portugal sai do estado de emergência mas com muitos avisos de cautela do Presidente da República. É o que se retira da curta declaração ao país de Marcelo Rebelo de Sousa, transmitida a partir dos Palácio de Belém às 20 horas.
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Após declarar ter decidido "não renovar o estado de emergência", Marcelo passou aos alertas: "Não estamos ainda numa era livre de perigo, livre de covid, e enfrentamos ainda ameaças", disse.
"Sem estado de emergência, há que adotar todas as medidas consideradas indispensáveis para evitar retrocessos".
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"É preciso uma preocupação preventiva de todos nós", fez questão de acrescentar. ""Podemos infetar os nossos contactos e permitir que a doença continue a transmitir-se. Enfrentamos o risco de novas variantes menos controláveis pela vacina".
Por isso, deixou o claro aviso: "Se necessário for, não hesitarei em avançar com um novo estado de emergência".
Quanto ao fim deste longo período de exceção em que manteve o país, um Estado de Emergência renovado 15 vezes, que terminará às 23.59 horas de sexta-feira, 30 de abril, Marcelo reconheceu "o disciplinado sacrifício dos portugueses que, desde novembro e mais intensamente desde janeiro" se têm mantido confinados.
E realçou que este momento representa uma "esperança mobilizadora do que nos espera a todos, na vida, na saúde e na economia".
Justificou a decisão agora tomada pela "estabilização e até a descida do número médio de mortes e do número de internados em enfermaria e cuidados intensivos, assim como a redução do R(t) e a estabilização do número de infetados".