Rússia acusa EUA de querer "agravar as tensões" com novas sanções
O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na sexta-feira a imposição de novas sanções contra a Venezuela
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo acusou esta segunda-feira os EUA de quererem "agravar as tensões" na Venezuela, com a adoção de novas sanções contra o governo de Nicolas Maduro.
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"Estas sanções contra os setores financeiro e petrolífero da Venezuela visam [...] agravar os problemas económicos" do país numa altura em que "surgem os primeiros sinais de uma relativa estabilidade na política interna", afirmou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, citada num comunicado.
As sanções "encorajam a parte intransigente", prosseguiu, referindo-se à oposição a Maduro, "que não vê oportunidade política sem o desaparecimento das autoridades venezuelanas", declarou.
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"A própria lógica das sanções prevê um agravamento das tensões", acrescentou.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na sexta-feira a imposição de novas sanções contra a Venezuela que restringem o acesso a capitais estrangeiras e proíbem a compra de obrigações emitidas pelo governo venezuelano ou pela petrolífera nacional (PDVSA).
As autoridades de Caracas consideraram as sanções "a pior agressão" contra o seu povo.
A Venezuela, um dos principais aliados da Rússia na América Latina, está mergulhada há meses numa grave crise política, institucional, económica e social.