Erdogan promete "limpar" exército após "ato de traição"
Presidente Erdogan foi recebido por milhares de pessoas no regresso a Istambul.
Quatro horas depois de um grupo de militares ter declarado que tinha assumido o poder na Turquia, o primeiro-ministro Binali Yildirim garantia que a situação estava controlada. O presidente, Recep Tayyip Erdogan, de férias numa estância do sul do país, recorreu ao FaceTime (uma aplicação para iPhone) para falar ao país e apelar ao povo para que saísse às ruas.
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Os turcos responderam enchendo as praças de Ancara e Istambul, onde os militares golpistas encerraram as duas pontas sobre o estreito do Bósforo. Num comunicado lido na televisão do país, os militares afirmavam que o poder estava nas mãos de uma "junta pacífica", justificando a ação dizendo que o atual governo pôs em causa o poder secular e a democracia no país.
De regresso a Istambul, o presidente foi recebido por milhares de apoiantes e disse que a tentativa de golpe foi "um ato de traição", desencadeado por "uma minoria" e que agora planeia "limpar" o exército. "Estou com o meu povo e não vou a lado nenhum", indicou aos jornalistas.
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Na capital do país, fontes ouvidas pela Agência Efe contaram que ouviram tiros junto do quartel do Estado Maior. Mais tarde, a agência de notícias pública dava conta de que pelo menos 17 agentes das forças especiais da polícia tinham sido mortos junto ao seu quartel-general, em Ancara. O Parlamento terá sido também bombardeado.
A comunidade internacional apelou à calma e à manutenção da ordem democrática no país.
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