"Não sejas idiota". Escreveu o próprio obituário pedindo aos outros que não fumem
O homem, residente nos EUA, terá começado a fumar ainda na infância. Segundo a filha, nunca fumou à frente dos filhos. Parou no dia em que recebeu o diagnóstico de cancro do pulmão.
Geoffrey Turner, de 66 anos, morreu no dia 13 de fevereiro, vítima de cancro de pulmão, após décadas a fumar. Por isso, decidiu escreveu o seu próprio obituário, alertando os outros para os perigos associados ao tabaco.
"Fui um idiota que tomou a mesma decisão estúpida, dia após dia", escreveu, citado pela BBC. "Se és fumador - sai - agora - a tua vida depende disso".
"Eu era fumador e mesmo que soubesse que podia eventualmente matar-me, optei por negar a verdade a mim mesmo", lê-se no obituário.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
Em declarações à BBC, a filha, Sarah Huiest, afirmou estar orgulhosa do ato "altruísta" do pai, e admitiu ter ficado chocada quando este lhe mostrou o texto.
Turner, residente nos EUA, recebeu o diagnóstico de cancro de pulmão de estadio quatro em novembro. Segundo o médico, a doença foi um resultado direto dos seus anos de fumador.
"A dor e o sofrimento que causei à minha família não valeram a perceção de satisfação", escreveu o homem, destacando que o tabaco o fez gastar dinheiro, separar-se da família e destruiu-lhe o corpo. "Moral desta história: Não sejas idiota".
Segundo a filha, foi a mãe de Turner que o apanhou a fumar cigarros pela primeira vez, quando tinha apenas dois anos, sendo que o hábito terá sido adquirido logo aos quatro anos de idade.
O homem terá abandonado o vício quando se casou, mas voltou a fumar em meados dos anos 90, durante uma viagem de negócios a Londres. E só parou quando recebeu o diagnóstico de cancro do pulmão. No entanto, frisa a filha, nunca fumou à frente dos filhos.
Para Sarah, o obituário foi a coisa mais importante que o pai fez em toda a vida. "Ele sempre quis fazer alguma coisa grande", afirmou.