Comandante da Jihad Islâmica morto estava a planear ataque contra Israel
Abu al-Bata, comandante do braço armado da Jihad Islâmica morto num ataque aéreo na Faixa de Gaza estava a planear um novo ataque, disse Benjamin Netanyahu.
No final de uma reunião de emergência do Gabinete de Segurança israelita, O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu informou que Baha Abu al-Ata, das Brigadas Al-Quds, o braço armado da Jihad Islâmica, morto num ataque aéreo na Faixa de Gaza esta terça-feira, era a força motriz por trás de recentes ataques contra Israel e uma "bomba-relógio".
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Jonathan Conricus, um porta-voz militar, disse aos jornalistas que Al-Ata, de 42 anos, foi responsável por vários recentes ataques de 'rockets' contra o sul de Israel. "Na última semana estivemos à espera do momento oportuno para realizar este ataque cirúrgico", referiu, adiantando que o bombardeamento atingiu apenas o andar do edifício onde se encontrava Al-Ata para minimizar os "danos colaterais".
Os seus familiares e a Jihad Islâmica disseram que a mulher morta no ataque era a mulher do comandante das Brigadas Al-Quds e que os dois feridos eram os seus filhos.
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Num ataque aéreo semelhante, um dos filhos de um outro comandante da Jihad Islâmica morreu hoje na capital da Síria, Damasco. O grupo extremista acusou Israel, que ainda não confirmou o ataque.
Entretanto, o ataque israelita que matou Al-Ata provocou o disparo de "aproximadamente 50 projéteis" da Faixa de Gaza para Israel, segundo as forças armadas do Estado hebreu, levando a que a União Europeia apelasse ao fim da escalada entre israelitas e palestinianos, "para salvaguardar as vidas e a segurança de civis" de ambos os lados, reiterando que "apenas uma solução política pode pôr fim aos sucessivos ciclos de violência".

Militares israelitas removem os restos de um rocket em Kiryat Gat, no sul do país
© Reuters/ Ammar Awad
Num comunicado divulgado em Bruxelas, a porta-voz da Alta Representante da UE para a Política Externa aponta que "esta manhã, Israel conduziu uma operação dentro de Gaza visando um alto líder da Jihad Islâmica Palestiniana, e em resposta foram disparados 'rockets' desde Gaza para o sul e centro de Israel", observando que "o disparo de foguetes sobre populações civis é totalmente inaceitável e deve parar imediatamente".
A porta-voz de Federica Mogherini sustenta que "agora é necessário um fim rápido e completo da escalada, para salvaguardar as vidas e a segurança de civis palestinianos e israelitas" e sublinha que "a União Europeia apoia integralmente os esforços do Egito nesse sentido". "Tal como a UE tem vindo consistentemente a reiterar, apenas uma solução política pode por fim aos sucessivos ciclos de violência" na região, conclui o curto comunicado.

Sistema anti-rockets junto à faixa de Gaza
© EPA/ Atef Safadi
As forças armadas de Israel pediram esta terça-feira à população que fique em casa ou em ambientes fechados, pelo menos até quarta-feira, na sequência dos ataques com 'rockets' desde Gaza, que se seguiram à morte um comandante do grupo extremista palestiniano. Israel suspendeu também as aulas no sul e centro do país depois de os alarmes de ataque aéreo terem soado na cidade de Telavive. Os militares esperam que os ataques e disparos por parte de Gaza em direção a Israel continuem "por algum tempo".