Vacinas. Reino Unido e UE prometem trabalhar em solução que agrade a todos
O Governo britânico e a União Europeia (UE) comprometeram-se, num comunicado conjunto, em encontrar "medidas específicas" com vantagens mútuas para expandir o fornecimento de vacinas contra a covid-19.
"Estamos todos a enfrentar a mesma pandemia e a terceira onda torna a cooperação entre a UE e o Reino Unido ainda mais importante. Estamos a discutir o que mais podemos fazer para garantir uma relação reciprocamente benéfica entre o Reino Unido e a UE relativamente à covid-19", referem.
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"Dadas as nossas interdependências, estamos a trabalhar em medidas específicas que podemos tomar - a curto, médio e longo prazo - para criar uma situação vantajosa para ambas as partes e expandir o fornecimento de vacinas para todos os nossos cidadãos", continuam.
Joint Statement from the European Commission and the UK government on fighting the Covid-19 pandemic https://t.co/PxkHcCx96l
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Londres e Bruxelas admitem que "a abertura e a cooperação global de todos os países serão a chave para superar finalmente esta pandemia e garantir uma melhor preparação para enfrentar os desafios futuros" e dizem que vão continuar as negociações em curso.
Esta quarta-feira, a Comissão Europeia anunciou um reforço deste mecanismo de autorização de exportações de vacinas contra a covid-19, introduzindo os princípios da reciprocidade e da proporcionalidade e abrangendo 17 países anteriormente isentos.
Today we extend the scope of our transparency and export mechanism, introducing reciprocity and proportionality.
This will enable us to make fair decisions for our citizens and the world.
A UE revelou que já aprovou 380 pedidos de exportação de vacinas contra covid-19, num total de 43 milhões de doses para 33 países terceiros, tendo o Reino Unido (com aproximadamente 10,9 milhões de doses) sido o principal destino.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, alertou para as consequências em termos de investimentos económicos de "bloqueios arbitrários" e alertou para danos a longo prazo.
"Gostaria apenas de referir delicadamente a qualquer pessoa que esteja a considerar um bloqueio, ou uma interrupção das cadeias de abastecimento, que as empresas podem olhar para tais ações e tirar conclusões sobre se é ou não sensato fazer investimentos futuros em países onde bloqueios arbitrários são impostos", afirmou.