Exclusivo Investimento estrangeiro afunda 50% até junho
Transações de investimento direto estrangeiro continuam a ser dominadas pelo setor bancário e financeiro e pelas consultoras. Maior parte do dinheiro vem do Luxemburgo e da Holanda.

O setor imobiliário teve uma quebra de 452 milhões de euros em relação ao primeiro semestre do ano passado.
© Sara Matos/Global Imagens
A economia portuguesa captou quase 2,6 mil milhões de euros em investimento direto estrangeiro (IDE) no primeiro semestre, mas este valor reflete uma quebra superior a 50% em relação ao alcançado no mesmo período do ano passado, indicam cálculos do DN/Dinheiro Vivo com base em dados ontem divulgados pelo Banco de Portugal.
Esta quebra acontece porque as transações de IDE continuam a ser dominadas pelo setor bancário e financeiro. Desde 2014, estava Portugal no último ano do programa de ajustamento, que não havia um primeiro semestre tão fraco em termos de investimento direto do exterior. O maior valor das séries agora construídas remonta a 2012, ano em que o governo de então resolveu privatizar o resto da EDP (vendeu aos chineses da China Three Gorges) e os aeroportos (venda da ANA aos franceses do grupo Vinci). Foram as duas maiores privatizações do tempo do resgate.