Exclusivo Regulador propôs que EDP pagasse ao Estado 176 milhões, em vez de receber
No dia em que Manuel Pinho é ouvido no Parlamento e no DCIAP, revelamos que o último estudo da ERSE, que calcula o valor dos CMEC, apresentava dois cenários: o que está em vigor e um em que seria a empresa a pagar ao Estado pelos contratos energéticos

Manuel Pinho e António Mexia serão protagonistas centrais no inquérito parlamentar
© Leonel Balteiro/Global Imagens
Quando Manuel Pinho entrar, na tarde de hoje, na comissão parlamentar de Economia, vindo de uma audição no Ministério Público, já terá memorizado uma resposta padrão a dar aos deputados. A dúvida é simples: terá o governo, de que era ministro da Economia, criado legislação favorável para a empresa EDP?
Pinho dirá, seguramente, que não. Mas a própria Entidade Reguladora do Setor Energético (ERSE) prova, no seu último documento oficial sobre o assunto, que "a introdução do regime dos CMEC possibilitou a passagem para um quadro menos exigente para os detentores dos centros eletroprodutores do que o regime dos CAE, com um acréscimo de custo acumulado que se estima em cerca de 510 milhões de euros".