Exclusivo Do dinheiro à cabeceira de Borissov aos cem dias de protesto contra o governo
No país mais corrupto da União Europeia há manifestações diárias contra o primeiro-ministro. Mas Boyko Borissov, que já vai no terceiro mandato desde 2009, não tem pressa em sair. Legislativas são em março de 2021.

Manifestantes exigem há cem dias a demissão do primeiro-ministro búlgaro.
© EPA/VASSIL DONEV
Primeiro surgiu uma gravação áudio. Um homem que parecia ser o primeiro-ministro búlgaro dizia não hesitar em deixar cair o seu ministro da Economia se conseguisse também "queimar" uma deputada da oposição. Além disso, atacava membros do próprio partido conservador e populista e fazia pouco de outros líderes europeus. Boyko Borissov, que já vai no terceiro mandato desde 2009, negou que o áudio fosse verdadeiro e falou numa montagem.
Depois vieram as fotografias. Numa delas, o chefe de governo surgia deitado na cama, a dormir em tronco nu. Noutras imagens do mesmo quarto via-se, em cima da mesinha de cabeceira, uma arma. Dentro da gaveta, maços de notas de 500 euros - fotos diferentes com diferentes quantidades de dinheiro - e até pequenos lingotes de ouro.