UGT vai "manter sempre" diálogo, diz Carlos Silva
O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, afirmou hoje que a UGT vai "manter sempre" as linhas de diálogo, quando "tudo parece perdido", sem que a central sindical venha a aderir "à luta pela luta".
Falando no 35.º Aniversário da UGT, em Lisboa, o dirigente sindical afirmou que a central sindical irá "manter sempre" as linhas de diálogo com social, mesmo quando "tudo parece estar perdido", pois a posição ao longo deste tempo nunca foi a "da luta pela luta".
A UGT teve sempre "uma posição reivindicativa", mas sempre com "sentido de compromisso", para enfrentar a crise e o elevado desemprego.
A estrutura sindical, lembrou que "tem sido e será a voz da indignação e da exigência", mas continuará a defender "a via do diálogo social como a arma mais eficiente que temos".
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Carlos Silva rejeitou, no entanto, a "via da austeridade" refletida no Orçamento de Estado para 2014.
"Este não é um caminho para fazer sair Portugal da crise em que estamos mergulhados", alertou, tendo realçado que se não há confiança, não se pode investir e reduzir o desemprego.
A UGT vai continuar a denunciar a retirada de direitos aos trabalhadores, nomeadamente aos da administração pública, das comunicações (CTT) e dos transportes, frisou.
"Não podemos deixar de acreditar, mas se o cenário em Portugal é de manifestações e de greves, nós não abdicamos [também] do diálogo", realçou, tendo desafiado o Governo a ter "uma dinâmica maior" ao nível da Concertação Social.
A Concertação Social deve evidenciar "força e agilidade", porque as soluções "não estão sempre de um dos lados", realçou, reportando-se às medidas do Governo e da 'troika'.
A UGT, garantiu, está contra, entre outras medidas, à convergência do regime de pensões da Caixa Geral de Aposentações (CGA) e da Segurança Social e desafiou o ministro do Emprego, Pedro Mota Soares, a dinamizar o diálogo na Concertação Social (CPCS), no que foi correspondido pelo governante, que se manifestou de acordo.