TDT não vai chegar a 5% da população de Monchique
O emissor analógico de Fóia, em Monchique, vai ser desligado esta segunda-feira, juntamente com os restransmissores de Santiago do Cacém, Cercal do Alentejo, Odemira, Odeceixe, Aljezur e Silves.
Mais de 5% da população do concelho de Monchique vai ficar sem televisão a partir de segunda-feira, devido ao apagão do sinal analógico, disse à Lusa o presidente da Câmara, Rui André.
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O emissor analógico da Fóia, em Monchique, será desligado às 11.00 de segunda-feira, juntamente com os retransmissores analógicos de Santiago do Cacém, Cercal do Alentejo, Odemira, Odeceixe, Aljezur e Silves, devido à implementação da Televisão Digital Terrestre (TDT).
O apagão abrangerá vários concelhos dos distritos de Faro, Beja e Setúbal, com especial incidência nos concelhos de Albufeira, Aljezur, Lagoa, Lagos, Monchique, Portimão, Silves, Vila do Bispo, Aljustrel, Odemira, Ourique, Grândola, Santiago do Cacém e Sines.
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A população destes concelhos que não efetuou a migração para a TDT ficará sem acesso aos quatro canais televisivos - RTP1, RTP2, SIC e TVI.
Segundo o presidente da Câmara de Monchique, o fim do sinal analógico "afetará cerca de 15% do concelho, "privando" cerca de cinco por cento da população de televisão.
"São pessoas que estão fora da zona de cobertura TDT terrestre e que terão necessidade de adquirir equipamentos de receção do sinal por satélite", explicou o autarca, acrescentando que "são pessoas idosas com dificuldades económicas".
O autarca reclama o reforço do sinal da Televisão Digital Terrestre (TDT) para as zonas de maior densidade populacional, tal como aconteceu para a parte da urbana da vila de Monchique, ao garantir que a Portugal Telecom (PT) instalasse um retransmissor, evitando que um maior número de pessoas ficasse sem televisão.
"Porque temos uma vasta área sem cobertura terrestre, vamos tentar que a PT aceda ao nossos apelos e reforce o sinal, com a colocação de retransmissores", observou Rui André.
A primeira fase do processo de cobertura da TDT teve início no dia 12 de janeiro, com o desligamento do emissor de televisão analógica de Palmela, que servia a península de Setúbal e alguns concelhos alentejanos.
A 22 de março arranca a segunda fase, com o desligamento dos emissores e retransmissores das regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
A última fase está agendada para o dia 26 de abril com o switch-off do sinal analógico em todo o território nacional.