Sentença de julgamento de Mário Machado adiada
A sentença do julgamento de Mário Machado, líder da Frente Nacional, e mais sete arguidos, acusados de associação criminosa, sequestro, roubo, coação, ofensas corporais e outros crimes, foi hoje adiada para 06 de Agosto, no Tribunal de Loures.
Susana Fontinha, presidente do colectivo de juízes, emitiu hoje o despacho de adiamento da leitura da sentença por não ter ainda redigido o acórdão.
Nesta semana, de acordo com fonte do tribunal, a magistrada esteve como juiz de turno, ocupada com "processos urgentes", pelo que não teve tempo para concluir a redacção do acórdão.
Três dos arguidos - Mário Machado, Rui Dias e Fernando Massas Gonçalves -- continuam detidos preventivamente.
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Os arguidos Nuno Cláudio Cerejeira e Bruno Ramos aguardam em liberdade provisória a leitura da sentença, depois de lhes terem sido levantadas as medidas de coação de prisão preventiva que o tribunal impôs.
Nas alegações finais, a procuradora pediu a absolvição da prática de associação criminosa imputada aos arguidos, mas considerou terem sido provados os factos relacionados com os crimes de sequestro, roubo, coação, posse ilegal de armas de fogo e ofensas corporais.
Por isso, a magistrada pediu a condenação dos arguidos, entre os quais Mário Machado, líder dos Hammerskins Portugal, movimento conotado com a extrema direita.
A defesa sublinhou que os depoimentos no tribunal não foram suficientes para sustentar a acusação, segundo a qual Mário Machado era o alegado líder de um grupo que atraía vítimas para locais pré-estabelecidos, com o pretexto de lhes vender droga.
Os homens eram alegadamente vítimas de agressões, após as quais lhes eram roubados os automóveis e as importâncias que tinham reunido para adquirir estupefacientes.