Bruno de Carvalho reclama que suspensão de sócio já terminou e não vai à AG de sábado
Ex-presidente do Sporting não vai estar presente na Assembleia Geral de sábado do Sporting para se defender e em comunicado acusa o Conselho Fiscal e Disciplinar de não reconhecer que já cumpriu a pena.
O Sporting realiza este sábado, às 14.30 horas no pavilhão João Rocha, a Assembleia-Geral Extraordinária (AGE) para deliberar sobre os recursos de Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho em relação às sanções disciplinares de expulsão de sócios do clube. Nesta reunião magna, o antigo presidente destituído e o seu ex-vice-presidente teriam a possibilidade de falar no início da sessão e durante 15 minutos apresentar a sua defesa. Mas não vão estar presentes.
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A propósito deste processo, Bruno de Carvalho divulgou esta terça-feira um comunicado no qual garante que a sua suspensão de sócio era de 12 meses e já terminou, alegando que já vai no 13.º mês desde que foi decretada a pena. "No passado dia 27 de junho questionei o Sporting Clube de Portugal sobre a minha situação de associado. Fi-lo pois atualmente no site do clube mantém-se a designação de 'suspenso', apesar de já estar suspenso há cerca de 13 meses, quando o castigo aplicado era apenas de 12", começa por dizer no comunicado.
Bruno de Carvalho alega que apesar de ter sido notificado a 2 de agosto de 2018, "já estava suspenso preventivamente desde o dia 13 de junho", razão pela qual defende que, ao contrário do que lhe foi transmitido pelo Conselho Fiscal e Disciplinar, as sanções preventivas "devem ser descontadas no tempo aplicado" pela pena de suspensão", invocando para isso "os artigos do Código Penal" em que isso estará expresso.
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O ex-líder leonino esclarece ainda que nem ele nem Alexandre Godinho vão estar presentes na AG deste sábado. "Perante o conteúdo do comunicado de ontem [sábado] da MAG, onde informam que abrirão as urnas para votação no momento da abertura efectiva da AG, contrariando o nosso pedido expresso, os Estatutos, os Regulamentos e a Lei, não temos outra alternativa que não a já expressada por nós na carta de 12 de março [enviada à MAG], onde fomos peremptórios a comunicar que se tal sucedesse, não iríamos estar presentes na AG", referiu, prosseguindo nas críticas: "Isto quer dizer que abrir as urnas para votação sem terem sido previamente ouvidos os sócios visados, assim como os restantes associados terem tido a possibilidade de se pronunciarem e de serem esclarecidos, é uma clara violação da Constituição."
No final do comunicado, Bruno de Carvalho pede que esta seja uma "das mais concorridas [AG] de sempre da história do clube" e que os sócios, "de forma ordeira e responsável, exijam o cumprimento dos Estatutos, Regulamentos e da Lei".
Bruno de Carvalho, de 47 anos, presidiu ao clube 'leonino' entre 2013 e 2018, altura em que foi destituído do cargo, em Assembleia-Geral, tendo o Sporting anunciado na altura que este cometeu 12 infrações disciplinares.
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