Van Basten satisfeito com testes do vídeo-árbitro
O diretor geral da FIFA, Marco van Basten defende a introdução da tecnologia ajuda a acabar com as decisões incorretas dos árbitros
O holandês Marco van Basten, diretor-geral da FIFA para o desenvolvimento técnico, defendeu esta segunda-feira que a introdução do vídeo-árbitro no futebol "erradica as decisões incorretas mais importantes" trazendo "mais tranquilidade" aos jogos.
"Estou muito satisfeito com os testes. É ótimo para o futebol e é uma preciosa ajuda para o jogo. Trata-se de um sistema que erradica as decisões incorretas mais importantes e é esse o nosso objetivo", disse o ex-jogador de AC Milan e Ajax, em declarações reproduzidas na página da FIFA na Internet.
Van Basten, um dos melhores avançados da história, desvalorizou ainda os problemas detetados durante o teste realizado ao sistema de arbitragem com assistentes de vídeo (AAV) no Mundial de Clubes de futebol, realizado em dezembro do ano passado no Japão.
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O vídeo-árbitro serviu para validar o segundo golo do Real Madrid na meia-final frente ao América, da autoria do português Cristiano Ronaldo, e para conceder uma grande penalidade ao Kashima Antlers, mas foi criticado por interromper o jogo e promover situações potencialmente caóticas.
"Alguns aspetos têm de melhorar, como quando Cristiano Ronaldo marcou um golo (contra o Club América) e os festejos foram interrompidos por um diálogo com o AAV. Mas creio que os jogadores e o público podem assim acompanhar as partidas com mais tranquilidade, sem disputas, porque sabemos que os resultados de uma decisão serão os corretos", assinalou.
O teste ao vídeo-árbitro realizado no Mundial de clubes de futebol foi também elogiado recentemente como "extremamente positivo" pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino.
"É positivo porque os árbitros puderam tomar a decisão correta, tendo prevalecido no jogo a transparência e a justiça (...). Há 50 anos que se discute se deve ser usado ou não o vídeo e a FIFA foi criticada por não usar esta tecnologia. Eu tenho sido cético, mas, sem provas, como saberemos se funciona", referiu, relativizando o tempo perdido com os testes ao sistema.