Impulsionador do desporto olímpico faz 100 anos
O Comité Olímpico de Portugal (COP) assume-se como o grande organizador e impulsionador do desporto olímpico no país, agregando as modalidades com a dupla função de gestão e parceria nos projectos das 28 federações que representa.
Ao cumprir um século de existência, a 26 de Outubro, o COP tem um papel cada vez mais importante no desporto luso, reforçado em 2005 (Pequim2008) quando assumiu a gestão do Programa de Preparação Olímpica, que continuará a assegurar para Londres2012 e Rio de Janeiro2016.
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Os bons resultados - principalmente ao nível do desempenho em campeonatos da Europa e do Mundo no ciclo 2005-2008, com um recorde de medalhas - demonstram que o modelo, muito elogiado pelo poder político (do qual é independente) e dirigentes nas vésperas de Pequim2008, é o mais adequado.
Sem fins lucrativos, o assume-se como apoiando e encorajando a promoção da ética desportiva e luta contra o doping, tendo uma sensibilidade especial para os problemas do ambiente e estimulando a mulher no desporto.
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Mesmo com uma estrutura que reclama maior profissionalismo, o COP tem conseguido materializar um processo de desenvolvimento desportivo a médio e longo prazo, tornando-se independente das conjunturas políticas, pois ultrapassa a barreira temporal de uma legislatura.
Além dos Jogos Olímpicos, o COP também prepara participações nos Festivais Olímpicos da Juventude Europeia (FOJE) e vai ter em 2010 novo desafio com os primeiros Jogos Olímpicos da Juventude.
O Comité Olímpico de Portugal tem ainda significativos laços de cooperação com todos os países lusófonos, auxiliando muitas comunidades desportivas, proporcionando intercâmbios e apoios técnicos.
Em 2004 esteva na Associação dos Comités Olímpicos de Língua Portuguesa, que lançou os alicerces dos Jogos da Lusofonia, que em 2008 tiveram a segunda edição em Lisboa.
Respeitar as disposições da Carta Olímpica, bem como do Código Antidopagem do Movimento Olímpico são outras das suas incumbências.
Vicente Moura é o presidente desde 1997 (liderou o COP de 1990 a 1992, sendo substituído entretanto por Vasco Lynce) e actualmente encabeça uma Comissão Executiva composta por cinco vice-presidentes, um secretário geral, um tesoureiro e sete vogais.
Na sua estrutura, o COP alberga ainda as Comissões Multidisciplinar e de Atletas Olímpicos (esta representada na Comissão Executiva, dando voz aos atletas e elevando-os ao nível de parceiros institucionais), bem como a Academia Olímpica de Portugal.
Tem igualmente como órgãos consultivos a Comissão Jurídica e Comissão Instaladora do Tribunal Arbitral do Desporto, que deverá ser uma realidade a breve prazo.
Na Assembleia Plenária está representada a totalidade das organizações actuantes no sistema desportivo nacional.
A gestão dos Centros de Preparação Olímpica de Rio Maior e de Vila Real de S. António também faz parte da atribuição do COP, que colabora em iniciativas autárquicas por todo o país.
Para potenciar um melhor desporto, desenvolveu uma política de concertação com a generalidade das instituições de ensino superior vocacionadas para as Ciências do Desporto, procurando contribuir para uma efectiva aproximação ao Movimento Associativo, transpondo para a actividade desportiva o conhecimento científico.
O grande repto agora prende-se com o apetrechamento técnico e profissionalização dos seus quadros, de forma a dar uma resposta mais competente e eficaz aos desafios com que se depara no presente e futuro.