Bala disparada por Alec Baldwin pode ter sido "sabotagem"
Um advogado que representa a mulher responsável pela arma disparada pelo ator Alec Baldwin, e que levou à morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins, disse que o incidente pode ter sido um ato de "sabotagem" por membros descontentes da equipa de filmagens de "Rust".
Hannah Gutierrez-Reed era a armeira no estúdio do filme gravado no Novo México, onde Alec Baldwin disparou em direção à diretora de fotografia, após ser informado de que a arma era segura. Esta quarta-feira, o advogado da armeira declarou ao programa "Today", da NBC, que Gutierrez-Reed carregou a arma com munições de uma caixa de balas falsas ou inertes e que "não tem ideia" de onde veio a bala real que acabou por matar Halyna Hutchins.
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"Presumimos que alguém colocou a bala real naquela caixa - e se pensar sobre isso, a pessoa que colocou a bala real na caixa de balas falsas tinha que ter como objetivo sabotar o estúdio", disse Jason Bowles. "Não há outra razão para fazer isso, para misturar a bala real com as balas falsas".
Os promotores não apresentaram ainda nenhuma acusação criminal pela morte de Hutchins. O xerife de Santa Fé, Adan Mendoza, afirmou há alguns dias que parecia haver "alguma complacência no estúdio".
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Foram divulgados vários relatos de que alguns elementos da equipa de filmagens de "Rust" demitiram-se um dia antes da tragédia, em parte devido a preocupações com a segurança das armas de fogo e explosivos no estúdio. Tanto Baldwin quanto Gutierrez-Reed estão a cooperar com a investigação em curso.
Questionado sobre por que razão alguém sabotaria deliberadamente a produção camuflando balas reais com munições seguras, Bowles apontou para os trabalhadores "insatisfeitos" que partiram poucas horas antes do disparo.
"Temos pessoas que deixaram o estúdio, que saíram porque estavam infelizes", respondeu Bowles, destacando as reclamações sobre as longas horas de trabalho e as instalações da equipa.
"Temos um período de tempo entre as 11h e 1h, aproximadamente, daquele dia em que as armas estiveram em alguns momentos sem supervisão. Então houve a oportunidade de manipular o cenário", disse.
Quando perguntado por que Gutierrez-Reed deixou as armas sem supervisão, Bowles alegou que os produtores lhe tinham pedido para cumprir funções adicionais e que estava ocupada com isso na hora do disparo fatal.