Sonda espacial "toca" pela primeira vez no Sol ao "entrar" na coroa
A NASA lançou em 2018 a sonda Parker Solar Probe para estudar mais de perto o Sol. A primeira passagem pela coroa, que durou apenas algumas horas, é uma das muitas previstas durante a missão. "É um momento monumental" e um "feito verdadeiramente notável", destaca a agência espacial norte-americana.
Pela primeira vez uma sonda espacial "tocou" no Sol ao voar através da camada mais externa da atmosfera da estrela, a coroa, anunciou esta terça-feira a agência espacial norte-americana NASA, que em 2018 lançou a sonda Parker Solar Probe.
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"Ao voar tão próximo do Sol, a Parker Solar Probe detetou condições na corona que antes não podíamos", afirmou, citado em comunicado, o astrofísico da NASA Nour Raouafi, acrescentando que foi possível ver a sonda a circular "através de estruturas coronais que podem ser observadas durante um eclipse solar total".
☀️ Our #ParkerSolarProbe has touched the Sun!
For the first time in history, a spacecraft has flown through the Sun's atmosphere, the corona. Here's what it means: https://t.co/JOPdn7GTcv
#AGU21 pic.twitter.com/qOdEdIRyaS
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A NASA realça que pela primeira vez uma sonda espacial entrou numa região onde os campos magnéticos são suficientemente fortes para dominar o movimento das partículas energéticas.
"É um momento monumental" e um "feito verdadeiramente notável", disse Thomas Zurbuchen, administrador associado do Diretório de Missões Científicas na sede da NASA em Washington.
Um feito que possibilita novo conhecimento "sobre a evolução do nosso Sol e os seus impactos no nosso sistema solar", disse. "Mas tudo o que aprendemos sobre a nossa própria estrela também nos ensina mais sobre as estrelas no resto do universo."
A agência espacial norte-americana lançou em 2018 a Parker Solar Probe para estudar mais de perto o Sol.
A primeira passagem pela coroa, que durou apenas algumas horas, é uma das muitas previstas durante a missão.
Da camada mais externa da atmosfera da estrela, que é mais quente do que superfície, "saem" partículas energéticas, sobretudo eletrões e protões, que podem afetar as comunicações e satélites.