Estudantes de Medicina tiveram aula "à Dr. House"
Cerca de 40 estudantes de Medicina da Universidade do Porto puderam este sábado assistir a uma aula de diagnósticos ao estilo do programa de televisão Dr. House.
A oportunidade surgiu no âmbito do Young European Scientist (YES) Meeting, a decorrer até domingo na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
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O cirurgião e docente no Hospital Escolar de São João, António Taveira Gomes, revelou-se perfeito para o papel interpretado no pequeno ecrã pelo ator Hugh Laurie.
De cabelo grisalho, barba de três ou quatro dias, camisa azul engelhada e munido da já icónica bengala, o professor de cirurgia adverte prontamente o auditório meio cheio: "Devo dizer que não sou o Dr. House, mas não me importava de ter a sua chefe."
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"Qualquer semelhança com a ficção não é pura coincidência", prossegue, para de seguida apresentar cinco casos clínicos insólitos que os estudantes tentaram diagnosticar e tratar.
Para António Taveira Gomes, a série é "interessante, porque tem uma tónica importante naquilo que é o desafio em termos de diagnóstico".
"Fundamentalmente, o objetivo é provar aos futuros profissionais", diz à Lusa, "que pensando bem sobre as coisas, tendo os conhecimentos adequados, estudando muito e procurando perceber bem o que os pacientes dizem, consegue-se chegar a diagnósticos, por vezes até com poucos exames auxiliares."
Aluna do quinto ano de Medicina, Catarina Lis considera que "para além da matéria teóricas dada nas aulas, é muito importante saber os casos concretos e como aplicar diagnósticos diferenciais".
Para a estudante, a série é interessante nesse sentido, até porque "trata de casos reais, de coisas que acontecem, apesar de muito raras".
Também Pedro Tavares, a iniciar o quinto ano do curso, considerou a conferência pertinente na medida em que a série "tem muito de ficção, mas também muito de realidade".
"Há muitos casos que são complicados e de certeza que nos vamos cruzar com eles na vida, ainda que não venham a ser coisas do dia a dia, vão acontecer-nos de certeza absoluta", assegurou.
A sexta edição do YES Meeting termina amanhã, dia 18, com um simpósio sobre envelhecimento na Fundação Eng. António de Almeida.