"Governo deve intervir para impedir bónus a gestores"
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu hoje que o ministro das Finanças deve dizer à Parpública que "não se justifica" qualquer bónus ou prémio a gestores face "à situação do país".
Energia: (C/Áudio e VÍdeo)
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Lisboa, 15 mar (Lusa) -
"O ministro das Finanças está à distância de um telefonema para dar uma instrução que é a única que o país compreende", afirmou Paulo Portas, considerando que "é uma vergonha" a atribuição de bónus ou prémios a gestores públicos na actual situação do país.
A REN vai atribuir, sob proposta da Parpública, um bónus a José Penedos pelo desempenho em 2009, ano em que a empresa foi envolvida no caso Face Oculta, disse à Lusa Filipe de Botton, accionista pela Logoenergia.
Numa nota divulgada hoje, a Parpública negou que a assembleia geral da REN, da qual é accionista, tenha aprovado qualquer prémio referente ao exercício de 2009, mas o accionista Filipe de Botton reafirmou que foi mesmo isso que aconteceu.
Paulo Portas considerou "uma vergonha" que "no estado em que o país está, pedindo sacrifícios aos outros, aumentando impostos sobre a classe média", o Estado permita a atribuição de bónus nas empresas públicas ou nas empresas em que detém uma participação.
A oposição parlamentar aprovou, no âmbito do Orçamento do Estado para 2010, uma norma para proibir a atribuição de bónus ou prémios nas "empresas do sector empresarial do Estado, empresas públicas, empresas participadas e ainda nas empresas detidas, directa ou indirectamente, por todas as entidades públicas estaduais".
"Como o CDS, para efeitos de 2010, já resolveu o assunto, bastaria um telefonema do ministro das Finanças ao presidente da Parpública para, por uma questão de bom senso, resolver a questão de 2009", disse.