Prémio Aga Khan para a arquitetura anunciado em Lisboa
O 12.º ciclo do Prémio Aga Khan para a arquitetura, com vinte projetos nomeados, vai ser anunciado na sexta-feira, numa cerimónia no Castelo de São Jorge, em Lisboa, onde estará o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
A capital portuguesa foi escolhida este ano para o anúncio deste prémio trienal, no valor de um milhão de dólares (770 mil euros), para projetos que marquem novos padrões de excelência na arquitetura, planeamento, preservação de património histórico e arquitetura paisagística.
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Estabelecido pela Rede Aga Khan para o Desenvolvimento em 1977, o prémio visa, em especial, "identificar e promover conceitos de construção que correspondam de forma eficaz às necessidades e aspirações de comunidades com significativa presença muçulmana".
A preservação de locais de oásis sagrados e coletivos em Guelmin (Marrocos), o restauro do Forte de Thula (Iémen), a reabilitação do Forte de Nagaur (Índia), a revitalização do centro histórico de Birzeit (Palestina), a reabilitação do bazar de Tabriz (Irão), a preservação do Mbaru Niang (Indonésia) e a habitação pós-tsunami (Sri Lanka) contam-se entre os vinte selecionados.
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Selecionados ficaram também a reconstrução do campo de refugiados de Nahr el-Bared (Líbano), o apartamento n.º 1 (Irão), o Instituto de Filme e Animação Kantana (Tailândia), o cemitério islâmico (Áustria), a escola primária Maria Grazia Cutuli (Afeganistão), o Liceu francês Charles De Gaulle (Síria) e a escola primária Umubando (Ruanda).
A lista inclui ainda a torre Met (Tailândia), o Centro de Cirurgia Cardíaca Salam (Sudão), a Academia de Futebol Mohammed VI (Marrocos), o Centro de Interpretação do Mapungubwe (África do Sul), o Museu de Papel Artesanal (China) e a Ponte Hassan II (Marrocos).
A Rede Aga Khan envolve várias instituições cujos mandatos são exercidos nas áreas da saúde, da educação, da arquitetura, da microfinança, da promoção da iniciativa do setor privado e da revitalização de cidades históricas.
O Aga Khan, imã hereditário dos muçulmanos Shia Imami Ismailis, é o líder institucional e espiritual de milhões de muçulmanos ismaelitas que vivem em todo o mundo, incluindo Portugal, e os seus seguidores consideram-no descendente direto do Profeta Maomé.
Em abril, quando foram divulgados, numa cerimónia, em Lisboa, os vinte nomeados, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, chamou a atenção para a importância da atribuição do prémio Aga Khan para a arquitetura, considerando que o evento "terá impacto económico" na capital portuguesa.
"Num país que tem colecionado prémios na arquitetura, dado que Portugal é hoje uma referência mundial nesta área, em setembro chegarão a Portugal arquitetos, pintores, construtores (...) e isso terá um impacto económico para a capital e para o país", disse Paulo Portas na altura.
A cerimónia, prevista para as 20:30, vai contar com representantes da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento. Contará ainda com a presença do Presidente da República e do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, entre outras individualidades.