"O meu fado é tosco agasalho mas pode aquecer"
O fadista Carlos do Carmo chegou à Cordoaria Nacional, em Lisboa, onde está patente uma exposição sobre os seus 50 anos de carreira e contou como recebeu a notícia do grammy. "'Consideramo-lo a si, de todos os cantores populares vivos, um dos seis maiores' e eu fiquei pequenino".
À chegada esta tarde à Cordoaria Nacional referiu, em declarações à SIC: "os prémios são uma compensação pelos esforços que fazemos e isso não é coisa pouca. Há pessoas que morrem e não recebem prémios".
O fadista foi distinguido pela Latin Recording Academy com o grammy que distingue a carreira do artista. É o primeiro português a receber este prémio.
"O meu fado é tosco agasalho mas também pode aquecer", disse o fadista. Assumindo-se "feliz" pela distinção, referiu-se ao legado que deixa à nova geração de fadistas. Disse que todos eles fizeram questão de ligar para o felicitar, "o que não é coisa pouca".
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"Estou feliz, quero repartir com todos esta felicidade e agradecer ao povo português nunca me ter abandonado", disse o artista.
Carlos do Carmo garantiu ainda que vai lutar "sempre" para que o "fado seja uma canção digna e respeitada."
O "Lifetime Achievment" agora atribuído a Carlos do Carmo destina-se a premiar a obra de uma carreira. A academia considera Carlos do Carmo "um dos melhores fadistas de sempre", lembrando o importante papel que a mãe, a fadista Lucília do Carmo, desempenhou na sua carreira, como referência musical.