Ricardo Paes Mamede
Ricardo Paes Mamede
É preciso aumentar a dívida. Mas depois, como será?
Ricardo Paes Mamede
Não, o vírus (ainda) não trouxe o socialismo de volta
Lia-se há dias num editorial do Financial Times: "Será necessário pôr em cima da mesa reformas radicais - invertendo a orientação política prevalecente nas últimas quatro décadas. Os Estados terão de ter um papel mais activo na economia. Devem encarar os serviços públicos como investimentos e não como um peso, e procurar formas de tornar os mercados de trabalho menos inseguros. A redistribuição estará novamente na ordem do dia; os privilégios dos ricos serão postos em causa." O jornal que tantas vezes defendeu a liberalização, as privatizações e a desregulamentação dos mercados antecipa agora a necessidade de pôr tudo isto em causa, num regresso anunciado a uma espécie de social-democracia radical.
Ricardo Paes Mamede
A reacção da UE à crise é um desastre em curso
Ricardo Paes Mamede
As regras da UE como um garrote no pós-covid
Ricardo Paes Mamede
Combater os impactos económicos do covid-19
Opinião
Aprender a viver com a incerteza radical
O voo de um bando de estorninhos é um espectáculo fascinante. É-o por motivos estéticos, mas também científicos. Não existe um maestro que guie a acção daqueles milhares de pássaros. A coreografia única que produzem em conjunto baseia-se em regras simples de comportamento. Cada ave reage ao que fazem as outras que a rodeiam. O resultado é imprevisível: mesmo que tivesse a inteligência de um humano, nenhum estorninho saberia para onde iria o bando a seguir. Mas a imprevisibilidade - e a enorme complexidade que emerge a partir de regras tão simples - não conduz ao colapso do grupo. O bando mantém-se coeso e o resultado é impressionante.
Ricardo Paes Mamede
A importância de (também) dizer bem
"Para quê só dizer mal, se há tanto bem para dizer?" Li a frase há dias na sala de espera de um centro de saúde de Lisboa. Os serviços públicos em Portugal já tiveram melhores dias - é bom que se saiba. Mas não é menos importante reconhecer o que se faz bem, muitas vezes em condições que têm tudo para correr mal.
Opinião
Os mercenários do ódio e um projecto de país
Opinião
Pobres os economistas que não sabem de política
Ricardo Paes Mamede
A crise dos sindicatos é um problema de todos
Ricardo Paes Mamede
Os "Amigos da Coesão" não se olham ao espelho
Beja recebeu há dias a cimeira dos países "Amigos da Coesão", um encontro informal de Estados do Leste e do Sul da UE que se opõem à redução do orçamento da Política de Coesão europeia. Há bons motivos para que este movimento exista. Mas alguns dos governos que alertam para as desigualdades entre países deveriam olhar melhor para o que se passa dentro de portas.
Ricardo Paes Mamede
A esquerda, a direita e o Estado
Ricardo Paes Mamede
Quem sabe que políticas funcionam em Portugal?
Opinião
Irão-EUA e as realidades paralelas na finança e nos media
Ricardo Paes Mamede
A vã busca dos culpados pelos problemas do país
O ministro Augusto Santos Silva é perito em criar polémicas. Manteve o hábito quando disse que um dos principais problemas das empresas portuguesas é "a fraquíssima qualidade da sua gestão". Nas reacções que se seguiram, o debate fez-se por acusações cruzadas, na busca de alguém a quem atribuir as culpas pelos males da economia portuguesa. Dar prioridade à identificação de culpados, ao invés da compreensão de problemas complexos, reflecte um traço cultural-religioso que nos é característico - e que é hoje reforçado pela lógica comunicacional prevalecente. Mas é uma prática que pouco acrescenta e que muito ignora.
Ricardo Paes Mamede
Não perguntem sobre o futuro, façam-no acontecer
Os economistas são conhecidos por conseguirem explicar muito bem amanhã os motivos pelos quais as suas previsões de ontem não se verificaram no dia de hoje. Diz-se também que a meteorologia só existe para que as previsões económicas pareçam menos más. Mas nem isto é verdade: os modelos meteorológicos são hoje mais precisos do que os modelos económicos.
Ricardo Paes Mamede
À espera de milagres
Opinião
Para que queremos um excedente orçamental?
Ricardo Paes Mamede
A longa marcha da educação em Portugal
Opinião
A solução é regionalizar. Mas qual é o problema?
Mais de duas décadas após ter sido recusada em referendo, a regionalização é outra vez tema de debate. Grande parte dos actores políticos mostra-se favorável à criação de regiões administrativas. Não faltam argumentos para defender a concretização de um objectivo que, para além do mais, está inscrito na Constituição. É menos fácil perceber os propósitos e os cuidados que deveriam guiar esta mudança na forma de governar o país.
Ricardo Paes Mamede
Não é Lisboa que é privilegiada, são alguns dos que ali moram
Ricardo Paes Mamede
O estranho caso do englobamento pífio
Ricardo Paes Mamede
O bom, o mau e o assustador nos serviços de saúde em Portugal
Ricardo Paes Mamede
Livrar a função pública das Finanças
É uma das principais novidades na orgânica do novo governo: a tutela do emprego público passou do Ministério das Finanças para o recém-criado Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública. Já não acontecia desde 2002, quando Manuela Ferreira Leite chamou a si este pelouro. Talvez o novo governo queira tratar a função pública como algo mais do que uma rúbrica de custos. Nas últimas décadas não tem sido muito mais do que isso.
Ricardo Paes Mamede
O salário mínimo não é tudo
O programa de governo faz o que o programa eleitoral do PS não fez: fixou uma meta para o salário mínimo no final da legislatura (750 euros). Como é costume, a meta está a ser criticada à esquerda e à direita, por ser pouco ambiciosa ou demasiado voluntarista. Não há critérios objectivos para tirar isto a limpo. Uma coisa é certa: faz pouco sentido discutir o salário mínimo deixando de fora tudo o resto.
Ricardo Paes Mamede
A geringonça morreu. Viva a geringonça!
