Espanha. Jovens saem à rua em peso a festejar fim de estado de emergência
Espanha suspendeu o estado de emergência em vigor desde outubro e permitiu aos espanhóis viajar entre regiões. Jovens saíram à rua para festejar.
"É como o Ano Novo", disse Oriol Corbella, de 28 anos, em Barcelona, onde o levantamento do recolher obrigatório foi recebido com gritos, aplausos e música. "Estamos a recuperar um pouco da normalidade, da liberdade, mas temos que ter em mente que o vírus ainda está por aí", acrescentou.
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"Eu estava farto de não poder sair de Madrid", disse o designer de joias Blaca Valls à AFP no sábado, fazendo eco do alívio de muitos no país com a flexibilização das restrições. Alívio que levou centenas de jovens à rua e à noite espanhola.

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Argentina Enriquez, uma estudante mexicana de 37 anos, disse que esperava impacientemente para ir ao campo para desfrutar de churrascos com os amigos, tocar violão e passear. "Apenas estarmos juntos ... muitas emoções", disse ela.
Embora o fim do estado de emergência, que expirou à meia-noite de sábado, leve a mais liberdades, é uma dor de cabeça para os 17 governos regionais do país responsáveis pela saúde.
O estado de emergência proporcionou-lhes um quadro jurídico para impor medidas - como o recolher noturno ou proibição de viagens não essenciais entre regiões - que limitavam as liberdades. Exceto em alguns dias durante o Natal, quando as restrições foram suspensas, as pessoas não puderam viajar para outras regiões, sair de férias ou ver a família.

Desencorajados pelo aumento de infeções após o Natal, as autoridades não afrouxaram as restrições internas às viagens durante a semana da Páscoa, normalmente um período de alta temporada na Espanha.
Mas o que realmente irritou os espanhóis foi o facto dos turistas estrangeiros puderam chegar ao país nas férias enquanto estavam proibidos de ir à praia ou de visitar seus entes queridos.
Embora as proibições de viagens intra-regionais tenham terminado e os recolheres obrigatórios tenham sido suspensos, nem todas as restrições foram relaxadas na Espanha, um dos países mais afetados da Europa, com quase 79.000 mortes e 3,5 milhões de infeções.

As regiões ainda podem restringir o horário de funcionamento e impor limites de capacidade em bares e restaurantes. E também podem tentar obter a aprovação do tribunal para medidas mais rígidas, como impor o recolher obrigatório, limitar o número permitido em reuniões ou estender a proibição de viagens internas.